Estava caminhando, quando de repente algo chamou sua atenção.
Na esquina da casa de Seu João havia uma grande placa dizendo:
"Vende-se barco semi-novo
Tratar com João ou Dona Nice
Casa 456"
Lá se foi Maria pela viela clara. O sol batia no topo de sua cabeça e queimava suas costas brancas.
"Toc, toc,"
"Quem é?" - Disse uma voz forte e idosa.
"É a Maria. Vim ver o barco!"
Demorou alguns instantes para que se fosse aberta a porta grande, de madeira escura e manchada.
A maçaneta prata virou rapidamente;
"Ué, você não é daqui!" - Disse Maria, Observando a menina cor de leite.
"Não senhor! Vim pela oferta de felicidade. Aqui é tão bonito que quase não dá pra morrer."
"Ah, pobre criança sonhadora" - Disse lamentando-se.
Maria entrou na casa e viu uma mobilha tão gasta quanto a sua alma.
O homem apressou-se em apresentar a mulher;
"Essa é Nice".
Nice olhou a criatura branca feito papel e se assustou.
"Venda logo o barco, mande-a navegar"- E saiu de perto da criaturinha estranha.
Maria notou que ali a oferta era incrivelmente assustadora.
"Olhe, esse é o barco, está um pouco velho, mas assim que remendar pode navegar durante muitos anos, mas não se esqueça, remendos são temporários.
Maria olhou para o homem e o entendeu como louco. O barco estava novinho em folha, por fora.
O homem a ajudou a levar o barco para a água.
Ensinou-a a navegar ...
"Maria, o barco ficará quebradiço em algum momento. O barco sente as energias, as escolhas mal feitas e toda lagrima de tristeza faz com que abra um buraco pequeno. Você não vê os buracos que ele já tem. Você é uma pessoa tão pura que não enxerga como ele é frágil."
"E o que eu devo fazer?"
"Remende sempre que necessário."
"E quando eu não puder?"
"Ponha-o à venda. Assim, alguém poderá cuidar melhor."
E assim foi Maria, navegando pelas lindas águas de Horgolândia, vendo os pequenos peixes pularem de um lado para o outro, os tubarões passarem por baixo de seu barco, e o sol ardiloso em seus ombros.
Todos os dias eram lindos e frescos, a briza soprava, apesar do sol existir.
Passou-se um mês... Maria já não aguentava ver as mesmas coisas todos os dias e decidiu colocar seu barco a navegar em outros mares.
Mas, que mares?
Passou-se um mês... Maria já não aguentava ver as mesmas coisas todos os dias e decidiu colocar seu barco a navegar em outros mares.
Mas, que mares?
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