quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Desde quando o dinheiro comanda a felicidade?

 Já ouvi muitas pessoas dizerem que o dinheiro não traz felicidade. Depois, criou-se um senso comum que dizia que trazia sim, e muito! A frase da vez é: "Prefiro ficar triste em Paris, do que no Brasil."

A verdade é que ele pode não trazer felicidade como um produto, mas o sentimento de liberdade é realmente existente.

Quando você não tem dinheiro sobrando, você abdica de coisas boas e prazerosas, como sair pra conhecer algum lugar legal, comer algo diferente ou viajar. Agora, quando você não tem dinheiro algum, você entra em desespero, não tem como pagar as contas de casa e então, entra em looping infinito de não dormir bem, comer mal, e ficar pensando em como vai fazer pra conseguir esse bendito dinheiro, não é mesmo? 

Há coisas que só diz quem nunca passou por isso, coisas que só pertencem a quem faz a roda girar.

É sim uma crítica a quem tem muito dinheiro e sim, inveja também.

Recentemente, vi uma matéria em que o Mion compra um tênis cravejado de cristais no valor de R$ 28 mil. Achei um absurdo uma pessoa despender de tanto pra um luxo tão desnecessário, afinal, pra quem ele precisa desfilar pra mostrar o que tem, sendo que quem convive com ele tem o mesmo ou até mais que isso?

No final das contas, eu entendi que quando você vive nesse meio, faz coisas assim. O que ele faria com tanto dinheiro se não gastar? Os filhos já têm mais do que isso em suas ações, a família deve ter também.

Acredito que isso rola com a mesma intensidade de raiva em outras pessoas quando escuto dizerem que o tio contratou o fulano pra empresa dele, mesmo que o garoto não tenha metade de inteligência, estudo ou estrutura cerebral pra fazer o que o cargo pede. Mesmo sabendo que esse mesmo rapaz vai rodar a empresa toda, e jogar o trabalho no colo do que tem mais capacidade, mas ganha bem menos que ele.

Depois eu penso: "Será que eu não faria o mesmo se não tivesse uma empresa e um sobrinho meio burro que não vai conseguir nada sendo assim?". Afinal, não tenho como saber. Não tenho uma empresa ou um tênis de R$ 28 mil.

Realmente eu gostaria de ter tudo isso e poder comprar coisas que eu quero muito, porque na verdade, quando eu era criança, nunca imaginei que não teria um emprego dos sonhos, um carro, ou uma casa com piscina e longe do barulho de som alto, carro, ônibus e gente brigando na rua por conta de bebida.

Mas aí vem a pergunta: Se eu tivesse tudo isso, meu dinheiro comandaria a felicidade?





 


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