quinta-feira, 14 de março de 2019

A história da saia preta - Brechó #1



Preciso contar a historia dessa saia pra vocês.


No post sobre arrumação e organização do quarto, eu falei sobre ter tido que me livrar de uma saia preta, porque ela era toda torta e ficava muito estranha no meu corpo.

Fiquei super triste pois era a única saia preta que eu havia encontrado.

A saia era torta porque eu comprei dois tamanhos a mais que o meu e eu mesma apertei... Mas a máquina estava desregulada e ficou assim.

Dois dias depois dessa tristeza fui no brechó da Bruna, em Alphaville ( no Alphasquare mall. Quem quiser endereço comenta) e encontrei a saia mais linda do planeta terra e bem baratinha, levando em consideração o tecido e o caimento maravilhoso dela. apostei em dois looks ( parecidos, pq não tenho muita noção de estilo RS e me senti super confortável em todos eles .

Eu morria de medo de apostar numa saia longa, já que tenho 1,51 de altura, e eu sempre pareço menor , mas morria de vontade de usar. Então desisti da ideia de cortar e decidi arrasar.

Na maior parte das vezes eu me questiono sobre a compra de algo. Se eu realmente preciso e se devo investir, já que acredito além de tudo, que as coisas devam ser usadas em muitas ocasiões e eu não levaria essa saia caso não soubesse do seu potencial.

Se essa peça de roupa servisse apenas para usar com um tipo de sapato, blusa ou ocasião, eu simplesmente não cogitaria levá-la, já que dinheiro não dá em árvore e o trabalho artístico de alguém foi usado no desenho da peça e na confecção da roupa.

A roupa é também uma manifestação artística e de estilo. Caso você tenha medo de sair por exemplo, para olhar nas vitrines por medo de cair em tentação, PARE já com isso. As roupas, sapatos, bolsas e qualquer outro tipo de material, deve ser visto com carinho e reflexão. Carinho por saber que a fizeram, mesmo que em larga escala, e a consciência reflexiva já que uma costureira ( talvez mal paga) esteve ali e manifestou seu trabalho, com mãos calejadas. Então por que não parar em frente a uma vitrine, que foi também montada com certo trabalho, e apreciar a obra de arte?

Além das diversas lojas espalhadas pela cidade, podemos comprar peças funcionais e com preço abaixo, talvez até exclusiva. Bazares e Brechós servem exatamente para isso, para abir possibilidade de se vestir bem e não viver endividado no cartão de crédito da loja.
Infelizmente ainda há muito preconceito com peças usadas, medo por ter sido de alguém que já morreu e um monte de outras coisas. Mas cá entre nós... pra que ter medo? Dívidas me dão mais medo, não ter dinheiro guardado também me dá muito medo... Usar uma roupa usada, higienizada e bem conservada não me causa alarde algum.
Crie consciência, ajude o planeta, seu bolso e os pequeno comércios, geralmente de mulheres.

Se joga!